domingo, 30 de setembro de 2007

O tempo


É meus brothers o tempo passa. Impiedosamente, diria eu. Sem nos dar chance de meditar no que acontece em nossas vidas. Quando vemos, passou um ano. Puxa! Há um ano atrás eu não poderia imaginar, nem nos meus mais loucos devaneios, que minha vida estaria como está. Nunca imaginaria que faria o que fiz. Ou que teria coragem para aceitar alguns fatos que até então eram inaceitáveis. Não sonhava estar vivendo um sonho, um relacionamento intenso, sincero, arrebatador, desafiador, inspirador. Daqueles que te fazem começar a rir sozinho de felicidade, assim do nada. É, . . . realmente o tempo corre.

Por que essas divagações inesperadas? Porque no último dia 24 de setembro fiz aniversário. Literalmente completei mais uma primavera de vida. Nasci no 2º dia da primavera. Durante um tempo não aceitava muito bem ter nascido dia 24. Principalmente na época de escola. Escondia até onde podia a data de meu nascimento. Era uma zoação só. Hoje não ligo. Fiz as pazes com o 24. Bobeira isso né? Como se um número tivesse o poder de influenciar sua vida, definir sua orientação sexual ou sua preferência. No meu caso, foi puro acaso.

Como será que vai ser daqui um ano? Não tenho a habilidade de prever o futuro. Aliás, nem quero saber disso mais. Joguei fora minha bola de cristal. Eu tinha uma mania de ficar pensando no futuro, de como seriam as coisas. Muitas vezes acabava sofrendo, porque ficava imaginando coisas que nunca aconteciam. Sofria antecipado por coisas que não tinham acontecido ainda e que não aconteceram. Bicho bobo né? Como será o amanhã, só Deus sabe. E ele não costuma mandar boletins com a previsão do futuro pessoal de cada um. E não acredito que está tudo escrito, que tudo foi já predeterminado em nossa vida ou que forças sobrenaturais determinam nosso futuro. Não acredito que somos fantoches manipulados pelo capicho de forças sobre-humanas. O futuro, nós que escrevemos. E nada adianta fazer exercícios de previsão do futuro. As variáveis em nossa vida são muito grandes. Não tem como termos a certeza de que algo vai realmente acontecer. Por isso, vivo hoje um dia por vez. Penso hoje. Amanhã, quando chegar, eu vejo como agir. Chega de sofrer por antecipação e perder o prazer que o presente traz. Não quero mais ficar lamentando o passado, arrependido por não ter vivido, por não ter aproveitado o presente. É claro, precisamos viver a vida com responsabilidade. Mas nada de ficar pensando que coisas más vão acontecer. Basta o mal ao seu próprio dia.

Chega né? Filosofei demais. É a síndrome pós aniversário!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Amor


Quem inventou o amor? Me explica por favor!
Poetas já o descreveram. Filósofos o definiram. Cientistas o estudaram. Mas, eu preciso saber: como reconhecer o amor? Quais os seus sintomas? Será que ele se manifesta nesse desejo de te ver sempre, essa vontade de estar simplesmente ao seu lado te admirando, velando seu sono, vendo sua respiração, analisando seus detalhes e medindo com o olhar teu corpo? Ou então nesse brilho ofuscante que ocorre quando cruzamos olhares? Ficar olhando para sua foto no meu monitor e acariciar com o dedo o seu rosto, contornando seus lábios, me perdendo no seu olhar e me encontrando no seu sorriso (como estou fazendo agora ao escrever esse texto). E essa alegria que incendeia meu coração quando te vejo, seja ao vivo, seja virtualmente, como o sol iluminando o dia mandando embora a noite fria e escura, me fazendo sentir como se estivesse num lapso temporal. Seria um de seus sintomas? O prazer de te ver sorrindo, gargalhando daquilo que falo ou faço. E a satisfação de saber que provoco em você mudanças no humor e no olhar, mudanças essas que motivam outros a te perguntar: “o que está acontecendo? Seus olhos estão brilhando como nunca vimos antes!”. E esse desejo absurdo que tenho de gritar ao mundo o que sinto, mas tenho de amordaçar minha boca e trazer cativo meu desejo para não fazer uma loucura. E esse contentamento descontente que sinto? Contente e radiante pelo que passamos juntos ou com o que estamos sentindo. Mas descontente fico, porque queria estar ao seu lado sempre. Me consome saber que não está aqui comigo. E essa dor que desatina sem doer quando te vejo partir? Estranho também como meu egoísmo se rende aos seus desejos, abrindo mão de minhas preferências para poder te satisfazer e ainda me sentir feliz por isso. Estar feliz por ver a tua satisfação. Pensar em você quando acordo e dormir pensando em você. Me derreter todo quando vejo um sorriso seu. Intrigante também é como agora não sinto atração ou desejo por nenhum outro a não ser você. Cativo e irremediavelmente conquistado. E feliz.
Quem inventou o amor? Ou, quem já sentiu o amor? Me explica, por favor!?