quinta-feira, 26 de abril de 2007

Música


Meus 2 últimos post foram para o lado existencial da vida, do tipo “o-que-sou-por-que-sou-para-onde-vou”. Vamos amenizar um pouco. Resolvi falar sobre um assunto também importante, mas um pouco mais ameno: música.

Tenho observado nos blogs amigos a importância da música na vida de cada um. Todos tem sua playlist favorita ou sua soundtrack preferida para momentos mais que especiais. Ou aquela música que marcou seu primeiro encontro ou seu primeiro beijo. Músicas que emocionam, que enternecem, que lembram emoções passadas ou momentos felizes. Cada um tem seu gosto e preferência musical. E eu quero agora meter minha colher nesse doce.

Desde que nascemos temos a música presente em nossa vida. Lembra de alguma canção de ninar que ouvia quando bebê? Pois é, nosso primeiro contato com a música. E a música tem um poder grande sobre nós? Já se perguntou por quê? Eu já. E achei respostas interessantes. Nosso corpo tem um ritmo interno e a música ao entrar em nossos ouvidos faz contato com esse ritmo. Interage com as atividades biológicas de nosso corpo. Já está provado, por exemplo, que a música é capaz de mudar a frequência das ondas cerebrais. Clássicos de compositores como Beethoven ou Mozart deixam as ondas cerebrais com o mesmo comportamento de alguém que está em repouso, no chamado estado alfa, quando a pessoa está muito relaxada ou não está pensando em nada. As músicas de Mozart até aumentam o número de conexões dos neurônios e melhoram o raciocínio. A USP realizou uma pesquisa recente e mostrou que crianças hiperativas atingiam um grau de concentração maior quando ouviam, adivinhem? Heavy metal! Sim rock pesado, um heavy metal mais melódico de um cara sueco chamado Yngwie Malmsteen (que nome é esse, nunca ouvi falar desse sujeito!). Viva a música!

Depois desse momento Discovery Channel do blog (blog do Hyde também é cultura!), vamos ao meu gosto musical pessoal. Eu não tenho um estilo ou ritmo de música preferido, desde que seja boa música (do meu ponto de vista pelo menos). Pode ser rock em todas as suas vertentes (pop, pesado, alternativo, eletrônico), forró, samba, MPB, sertanejo, clássica, jazz, axe music e por ai vai. Considero meu gosto por música como sendo eclético (palavra gostosa essa não?). Agora, tem uns estilos e ritmos de música que tenho uma certa antipatia, que não conseguem entrar em meus ouvidos. Aliás, até entram por que eu forço a bem da diversidade cultural, mas pouca coisa consegue me encantar. Me desculpem os fãs de grupos de pagode, funk carioca e Rap (até gosto de algumas músicas nesses estilos, mas são poucas).

Assim como creio que acontece com vocês, para mim existe a música certa para determinadas horas. Vamos a algumas delas.

Quando estou dirigindo tenho que estar ouvindo de preferência um bom “bate estaca”, com aquele tum tum tum rebombando nos alto-falantes. Nada de música “mela cueca” ou flash back tristonho e deprimente. Pode ser um rock bem batidão ou música eletrônica. Se sei a letra, então me animo e dou uma de vocalista (só se estiver sozinho, lógico, olha o vexame!).

Já na hora do rala e rola, do vuco-vuco, dar um ré no quibe, dar um tapa na peteca, afogar o ganso, enfim transar, nada melhor que aquela música romântica e suave que contraste com o calor do momento (é galera sou romântico nessas horas). Mas também depende de com quem se está. Alguns tem um soundtrack, digamos mais apimentado para essa hora. Sem problemas. Vamos ousar e experimentar novas sensações e fantasias. O que não pode nessa hora é pagode, porque ai nem viagra dá conta.

Naqueles momentos down, que estou estressado, beirando a depressão crônica tenho uma receita infalível: música clássica. Vamos a receita (eu recomento se você estiver numa situação assim): pegue um colchonete e coloque no chão da sala (se você tiver uma chaise-long, um recamiê ou um divã pode usar, é mais chic). Pegue um CD com a 9ª sinfônia de Beethoven coloque no cd-player e escolha o 4º movimento (Presto: Allegro assai). O CD que tenho é com a Filarmônica de Nova Iorque, regência de Zubin Mehta. Coloque o fone de ouvido com o volume do som no toco. Deite, feche os olhos e acione o play. E comece a viagem. Imagine que está no Metropolitan Opera House de Nova Iorque, ou no Teatro alla Scalla de Milão, ou no Teatro Municipal de São Paulo ou do Rio de Janeiro. Ou até mesmo no Theatro Pedro II aqui da minha cidade (nunca ouviu falar? Clique aqui então). Procure identificar cada instrumento, ver os movimentos do regente conduzindo a orquestra. Sinta as vozes do tenor, do baixo, da soprano, da meio-soprano e finalmente do coral. Ao final de pouco mais de 25 minutos (tempo que dura o 4º movimento) você estará diferente, mais leve. Se não quiser Beethoven pode ser Carl Orff (Carmina Burana), Ravel (Bolero), Carlos Gomes (O Guarani), Mozart (Sinfonia nº 40) ou quem sabe Tchaikovsky, que é um outro compositor clássico que curto muito (com isso também vamos apoiar um membro da irmandade, já que as linguas malditas do século XIX diziam que Tchaikovsky era do lado rosa também). Se você não curte música clássica, tente assim mesmo e depois me diga o que achou.

Lembra de um filme de ação que gostou? Tire a trilha musical. Perde a graça não é? Assim é a nossa vida sem a música. Ou como disse Friedrich Nietzsche: "Sem a música, a vida seria um erro."


p.s. – este texto foi escrito com o seguinte fundo musical: “Holding Back The Years” do Simply Red; Sinfonia nº 40 de Mozart; “I Don’t Love You” do My Chemical Romance; “Precius” do Depeche Mode; “Lama” do Luxúria; e 4º movimento da 9ª sinfonia de Beethoven. Que salada hein??!!



11 comentários:

Anônimo disse...

Eu tô me programando pro próximo do Linkin' Park. Vale?

Anônimo disse...

oi...
belo posts.
vc tbm ta num momento existencial mesmo...
to tbm adorando s fotos caras
muito massa em preto e branco...
mas me diz uma coisa... to sabe como colocar musica no blog.
abração

Râzi disse...

Eu acho música uma coisa mágica, mas como em tudo na minha vida, não me ligo demais em nenhum gênero ou cantor!

Sou bem parecido com vc!!!

Engraçado que ontem eu cheguei em casa seco de vontade de baixar uma música!!! Unbelieveble, do EMF! Acho que ninguém lembra dela! Baixai, ouvi duas vezes e sosseguei! HAuahauhauhauahuahau!

Beijão!

Cara Imperfeito disse...

Ui,
Hoje teve PPA!
Tô sabendo do seu fds... Ahhh mulekeeeee.
Eu curto axé, fazer o que?
Abraço.

Oz disse...

Música é fundamental. Pelo menos, na minha vida é (acho que já deu para perceber no meu blogue...). Também não me prendo muito a um só estilo ou a um só cantor ou banda.
Abraço.

Unknown disse...

Amigoooooooo! Bom, eu sou suspeito prá falar de música! adoro, ador, adoro! Mas, não sou assim, tão eclético, não.... Enfim... Curti muito o post, afinal, pelo gosto musical dá prá conhecer bem as pessoas...
Beijos!

Lord Fabricio disse...

Eu tbm sou bem eclético, mas no momento eu to viajando em músicas dos anos 40 e 50 (blck music antiga)... Soul e blues são as minhas paixões, adoro cantar essas músicas! E achei muito legal esse post sobre música, meu primeiro beijo (com a minha primeira namorada) foi ouvindo Hero da Mariah carey!!!!!


Bom é isso, beijão e se cuida!

Anônimo disse...

A músia diz o que a gente ainda não está pronto pra dizer. Não sei, acho que toda vez que eu canto uma música que gosto sinto uma sensação de pertencimento que enternece, que trás alegria. Uma canção é como uma arma contra um mundo, uma arma de paz, uma rosa apenas.
Vou cantando:
"Abacateiro serás meu parceiro nato, nás tb somos do mato como o pato e o leão. Aguaradaremos, brincaremos no regato até que nos tragam frutos teu amor, teu coração..."
Abraços

Anônimo disse...

DELÍCIA DE FOTOOOOOOOO

Anônimo disse...

orra, vc tem um bom gosto musical :d, e meu parente Fiedrich é o melhor mesmo, sabe o que fala ^^
sabe porque eu acho a música tão importante? simplesmente poruqe muitas vezes ela é a palavra, o conselho que você quer ouvir do seu amigo mas não o têm, então você encontra na música isso, as vezes nem palavras, mas o sentimentos e pensa, puts como você sabe que eu estou assim, como você sabe que eu tô sentindo isso?

é bem interessante :)

Anônimo disse...

Tenho um gosto eclético. Mas eu tenho uma música da sorte (sempre que eu ouço acontece coisas boas). Na verdade não é uma música, são todas as músicas do Culture Club. Como me dão sorte adoro ouvir. Acho que quando o assunto é música todos os tipos tem valor na hora certa.